Resenha - Missão Integral Transformadora

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"A integridade da Missão Dei na cidade: perspectiva Bíblico-teológica"


In.: Missão integral transformadora.
Jorge Henrique Barro




Jorge H. Barro casado com Denise tem dois filhos Pedro e João; é Doutor em Teologia pelo Fuller Theological Seminary (California, EUA), Mestre em Missiologia pelo Fuller Theological Seminary, Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (Recife, PE). É o atual Diretor da FTSA.; pastor auxiliar da 8ª Igreja Presbiteriana em Londrina e Secretário-Executivo da Fraternidade Teológica Latino-Americana no Brasil. Escreveu Ações Pastorais da Igreja com a Cidade (Editora Descoberta), De Cidade em Cidade (Editora Descoberta) e Uma Igreja sem Propósitos (Editora Mundo Cristão). Desenvolve pesquisa nas seguintes áreas: Missão Urbana; Missões; Lucas-Atos; Crescimento da Igreja; Eclesiologia; Teologia Latino-Americana; Teologia do Ministério. Junto com César Marques Lopes, organiza a revista Práxis Evangélica, publicação da FTSA. Professor de tempo integral na instituição.

Esta obra fora escrita sob a perspectiva teórica da Teologia contemporânea que defende a Missão Integral. Haja visto que trata de comentar frases do pacto de Lausanne e abordar questões éticas em sua totalidade.
Um capítulo do livro Missão Integral Transformadora, organizado por Manfred Waldemar Kohl e Antonio Carlos Barro, Publicado pela Editora Descoberta. Nela o autor trata de mostra “a integridade da missio dei na cidade” sob um “perspectiva biblico-teologica”.
Na primeira sessão em tem como titulo “Do Jardim do Éden à Nova Jerusalém: A Cidade na Bíblia”. O autor trata de mostrar que estamos vivendo um período precedido pelo jardim e que antecede a nova Jerusalém “na lembrança do que era e na esperança do que virá” (p.177). Ressalta ainda que Deus, o “Deus-da-relação”, desde a queda até hoje continua a perguntar “onde estás”. E como parte da nossa missão devemos ajudar as pessoas a responderem a esta pergunta (p. 178). Reafirma a importância e perfeição das duas cidades Éden e a Nova Jerusalém e que vivemos na Velha Jerusalém. Da qual ele tratará na próxima sessão.
Na segunda sessão intitulada “Depois do Jardim do Éden e antes da Nova Jerusalém”: A Velha cidade (Jerusalém) o Dr. Jorge mostra que este período é marcado pela busca de “Pão sombra e água fresca” e “Para conseguir essas coisas ele é capaz de tudo: de amar e odiar, de abençoar e amaldiçoar, de salvar e matar, de construir e destruir. E as cidades passam afazer parte integrante desta historia” (p. 179). Mostra ainda que a cidade de Babel é tudo aquilo que Deus não queria para as cidades. Uma uniformidade, representada por uma língua, um povo que tinham tudo em comum menos a Deus. O ideal d’Ele para a cidade e a “unidade em meio à diversidade” assim como encontramos nos grandes centros urbanos.
Nesta sessão o autor começa a responder às perguntas temáticas de sua obra. “O que Deus pensa da cidade?” para isso ele começa frisando o amor de Deus pela cidade, a qual ele trata como se fosse sua, e criticando o pensamento errôneo acerca da cidade que afirma que ela pertence ao maligno. Ao citar o texto de Ezequiel 16 ele mostra que Deus reafirma o seu amor e seu sofrimento pela situação de calamidade em que a cidade se encontra, bem como a sua alegria e disponibilidade para restaurar. “Do ponto de vista cultural, a restauração das praças, parques e lugares turísticos são também obras dignas para manifestar a glória de Deus” (p. 189).
A próxima pergunta a ser respondida é “onde Deus está na cidade?” Respondendo a esta pergunta o autor mostra que Deus está em meio a todas as cousas que acontecem nas cidades. Ele está “no meio do quebrado e contundido, do atordoado e desorientado, do fraco e vulnerável, do mórbido e da morte” (p. 189). Critica duramente a concepção errônea de um Deus transcendente que está aquém de todas as coisas horríveis que acontecem. Mas podemos ver Deus em cada ato de bondade.
“O que Deus quer que sua igreja seja na cidade?” este é o título da quinta e última sessão onde o Dr. Jorge mostra que Deus deseja que a igreja seja para a cidade um lugar acolhedora “um centro de hospitalidade”, “um centro de e refúgio” para todos os tipos de pessoas com os mais diversos problemas.
O autor inicia sua obra comentando, com maestria, sobre referênciais bíblicos para as cidades: o Jardim do Éden e a Nova Jerusalém, mostra que assim como se tem uma concepção unilateral para o jardim do éden acontece com as cidades, todavia os que assim pensam esquecem que Deus o criou como perfeito e bom. Fato que o autor faz questão de ressaltar. Este trabalho constitui-se numa excelente obra literária concernente a correta perspectiva de missões urbanas. Verdades são expostas com uma linguagem clara a respeito do pensamento de Deus sobre a cidade, bem como a responsabilidade da igreja em cumprimento de sua missão integral que deve conduzir a cidade, através de suas práticas, a responderem o “onde estás” de Deus.
Creio que cada igreja local precisaria refletir sobre seu papel na cidade deixar de ser uma igreja na comunidade e ser a igreja da comunidade. Convivendo com as diversidades das cidades refletindo a glória de Deus e mostrando que Ele está ai.


Pr. Josel Pereira Santos


25/08/2006

Resenha - Cuidado Pastoral

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- Cuidado Pastoral em tempos de insegurança: uma hermenêutica contemporânea.

Ronaldo Satlher-Rosa


Ronaldo Sathler-Rosa é casado com a Professora Maria Regina Ramos Rosa com quem tem dois filhos uma filha; Pastor Metodista; doutor em filosofia pela Claremont School of Theology, Califórnia, EUA em Teologia e Teorias da Personalidades; professor da faculdade de teologia e do Programa de Pos-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Metodista de São Paulo; Professor visitante, convidado pela LLiff School of Teology, Denver Colorado, EUA, em 1999 e 2001; Ex-Presidente da Rede Internacional de Pastoral pela responsabilidade Social –IPCNSR (sigla em inglês); atual membro do comitê Execultivo da Sociedade de Estudos Pastorais Interculturais-SIPCC (sigla em inglês), sediada em Düsseldorf, Alemana.

A perspectiva teórica desta obra é a teologia contemporânea, mais precisamente a teologia da libertação. Que entende o cuidado como algo que se estende não apenas ao homem, mas também a natureza. A preocupação com os oprimidos, bem como o modelo de salvação presente (“aqui e agora”) são ressaltadas nesta obra, assim como os autores citados: Leonardo Boff, Gustavo Gutierrez, Clodovis Boff e outros são indícios que comprovam a linha de pensamento do autor.

Nesta obra que é um capítulo do Livro “Cuidado Pastoral em Tempos de Insegurança” o qual está dividido em cinco partes das quais faremos a resenha da III. O autor secciona este capítulo em três seções para definir o termo (cuidado) e explicas o conceito de Cuidado Pastoral, na forma tradicional, critica e propõe mudanças.

Na primeira seção deste capítulo intitulada “Sobre o cuidado e o cuidado Pastoral” o autor trata de definir o termo cuidado, bem com o conceito de cuidado pastoral, e o faz com maestria citando teólogos contemporâneos tais como: Heidegger, Leonardo Boff e Paul Tillich. Definindo o termo ele cita Leonardo Boff, o qual diz que “...cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais quem um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro” (p.35). Para definir o conceito de Cuidado Pastoral o Dr. Ronaldo critica com base em autores contemporâneos as definições tradicionais e mostra com esta sofrera acréscimos ao longo dos anos, segundo ele o conceito de cuidado Pastoral atual “...refere-se a atitudes, ações, métodos, visando à salvação, ou seja, à harmonia, ao bem estar, “aqui e agora” do ser humano total, no seu contexto de múltiplos relacionamentos: com Deus, com o próximo, como a Criação, consigo mesmo, como suas comunidades, seu trabalho e instituições.” (p. 41)
Na segunda sessão que tem como título “centros estruturantes do cuidado” o autor aborda sob duas perspectivas, as bases para o cuidado pastoral hodierno, a saber, ‘atitude’ baseado em Henry Nouwen e ‘ações’ baseado em P. Goodliff. O primeiro centro (atitude) tem como objetivo mostrar que ser ‘pastor do futuro’ implica nos posicionamentos, nas posturas, no estilo de vida e etc., em relação ao outro, muito mais do que fazer algo bom.
O segundo centro (Ações) é muito mais fazer do que ser trata de ações pastorais que refletem o seu cuidado. As palavras de ordem são ‘construir’, ‘criar’, ‘curar’ e ‘nutrir’. Esta sessão poderíamos chamar de o que o pastore precisa ser e fazer em relação ao cuidado pastoral hodierno.
A terceira e última sessão traz um título “cuidado pastoral: o que está faltando?” o autor tece algumas diretrizes essências ao cuidado pastoral. Para ele está faltando nos nossos dias uma teologia pastoral contextualizada e pratica. “cuidar do individuo é essencial, mas não é suficiente! Épreciso cuidar da ‘casa’, dos sistemas que estruturam a vida das pessoas em sociedade, das múltiplas interações do ser humano.”(p. 50).

Uma excelente literatura no que diz respeitos à reflexão adequada acerca do cuidado pastoral. Creio indubitavelmente que se cada pastor aplicar-se a reavaliar os seus métodos e modelos de cuidado, bem como os reais desafios que nos são apresentados no presente século à luz deste trabalho teríamos mudanças positivas em todo o cenário da sociedade contemporânea.
Observações e criticas cabíveis foram feitas, afim de, trazer ao ministério pastoral importantes informações, as quais levando em consideração o ambiente em que o a comunidade está inserida, produzirá resultados plenamente satisfatórios. O cuidado é cuidado em qualquer lugar, todavia precisamos lembrar que cada região do país tem suas peculiaridades que devem ser consideradas. Estreitando ainda mais este fato, cada cidade tem os seus hábitos, rotina, costumes, enfim, tem a sua foram particular de ser. Como a mudança de cidade, mudam-se as rotinas e consequentemente o enfoque dos problemas e isto também deve ser considerado ao empreender a tarefa de apascentar.
Em questão de cuidado pastoral o todo é excelente, todavia há que se observar as questões teológicas com maior cuidado, lembrando que o alimento com o qual nutriremos o nosso rebanho deve ser selecionado e direcionado para cada um.


Pr. Josiel Pereira Santos

Resenha - Fazedores de Tendas

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Fazedores de Tendas/Fazedores de Discípulos.
Philip John Greenwood

Casado com Jan, pai de três filhos. Philip é missionário da “Latin Link Europe”. Está no Brasil desde 1992 e atualmente reside no interior de São Paulo. Trabalhão com a Aliança Universitária do Brasil nas áreas de discipulado e ensino. Apóia a obra missionária Transcultural brasileira, especialmente no que se refere a profissionais em missões. É Formado em Engenharia Química na Inglaterra e Mestrado em Teologia Pratica pela FTSA – Faculdade de Teologia Sul Americana em Londrina – PR.

A perspectiva teórica desta obra está amplamente abordada no capitulo 3 que se propõe a construir um referencial teórico a partir de Paulo freire e René Padilla, Pedagogia e missões respectivamente. Com isso o autor deseja mostrar um novo jeito de educar ou formar os missionários transculturais no Brasil.

Está é uma obra que tem como objetivo discutir e propor um novo sistema de treinamento de missionários fazedores-de-tendas. Para isso o autor esclarece os termos definindo tanto o fazedores-de-tendas como o seu público alvo (os povos menos alcançados), fala do desenvolvimento na história de missões transculturais. Embasando-se nas Escrituras nos referenciais teóricos de Paulo Freire e René Padilla, bem como na realidade do mundo contemporâneo, mostre que é possível e necessária a elaboração de um modelo contextualizado que atenda os pressupostos da missão integral.


No primeiro capítulo Greewood trata de estabelecer uma relação entre os fazedores-de-tendas e os missionários no decurso da história mesmo, com isso ele deseja mostrar que o ministério dos fazedores de tendas é tão antigo quanto a historia das missões mundiais. Os nestorianos e os Moravianos, dentre outros são citados com exemplos de missionários que se sustentavam com seus próprios trabalhos. Em Basiléia foi fundada uma escolas com a iniciativa de treinar os missionários em duas áreas especificas: teológica e comercialmente (p.14) e congressos internacionais foram realizados, com intuito de nortear a missão integral da igreja.
O fazedor de tendas é um cristão chamado para desempenhar o ministério missionário transcultural sendo sustentado por sua profissão, a qual muitas vezes viabiliza a permanência dos mesmos entre os povos menos alcançados que são na sua maioria mulçumanos, budistas e hinduístas. “... São povos em que mais de 50% provavelmente nunca ouviu o evangelho; eles representam um pouco mais de 27% da humanidade e a maioria vive cercada por barreiras políticas, religiosas, sociais e espirituais que dificultam a obra missionária cristã” (p. 41);

No segundo capítulo o autor trata de elaborar propor uma teologia bíblica para os fazedores de tendas, a princípio mostra exemplos do Antigo Testamento bem como do Novo testamento. No AT. “Serão apresentados três personagens: Daniel, José e Neemias” (p. 57). Os quais trabalharam em um contexto transcultural e sustentavam-se com suas profissões. No NT. menciona os exemplos do apostolo Paulo, Pricila e Áquila que mantiveram uma mesma postura que os exemplos do AT.
Para o Autor a teologia dos Fazedores de Tendas é a da soberania de Deus que conduz, guia, dirige, sustenta e mantém em terras estranhas aqueles que como bons profissionais dedicam suas vidas ao serviço no reino de Deus, cumprindo assim a missão da igreja.
No Terceiro capítulo Greewood trata de construir um referencial teórico para sua obra, no que tange a preparação dos fazedores de tendas, e, para tanto, recorre as teoria pedagógicas de Paulo Freire e os conceitos da missão integral de René Padilla. Em Paulo Freira, Greewood encontra uma nova forma de educação onde a ‘educação bancaria’ é duramente criticada e a educação ‘dialóga’ e ‘problematizadora’ (termos usados por Freire) é exaltada. No treinamento dos novos discípulos não se deve anular os conceitos adquiridos ao longo da vida fazendo com que o educando torne-se ‘um recipiente vazio’ aonde o educador despejará todo o conteúdo (as informações). Faz-se necessário que o educador crie problemas que leve o educando a refletir, pensar, cogitar e etc, através de pergunta, diálogos e não monólogos neste processo o conteúdo programático não deve ser um conteúdo problemático ele deve ter uma ligação direta com a vida do aluno, da comunidade, ou seja, tem que está contextualizado. Este sistema de educação pensa no ser humano como um todo e em todo instante trata do conhecimento com algo dinâmico e não estático “Consequentemente, o educador tem uma parte neste processo, mas ele não é o seu iniciador e nunca será o seu finalizador” (p. 92). Freire concebe a educação como um processo inacabado e inacabável. Em René, Greewood encontra sabias palavras experimentadas, efetivamente comprovadas e não raras de uma realidade observada no cumprimento da missão integral da igreja.
No quarto capítulo intitulado “A realidade desafiadora e a preparação de missionários no Brasil” o autor trata de mostrar as dificuldades encontradas nos paises menos alcançados bem com o sistema de treinamento de missionário no Brasil, tal sistema não atende a atende aos fazedores de tendas pela longa duração e formas de ministração. Ao explicar a realidade desafiadora dos paises menos alcançados Greewood cita vários exemplos de fazedores de tendas, em atividade, e suas dificuldade.
“Uma das áreas mais desafiadora, citada pelos fazedores de tendas, foi da adaptação à nova cultura. Alem de lidar com a lentidão da burocracia e a corrupção foram acrescentadas a pressão de conviver com a falta de privacidade, de segurança e de higiene. Também foi citado o problema de lidar com as expectativas dos nativos, a angustiante saudade dos familiares e amigos...” (p.109)


No quinto e último capítulo o autor propõe um modelo de treinamento contextualizado com a realidade dos fazedores de tendas. A principio a igreja local deveria disponibilizar meios pelos quais os membros pudessem ser despertados para o ministério de fazedor de tendas, ao mesmo tempo, aqueles que foram despertados devem envolver-se efetivamente em tais atividades. “O chamado de Deus não vem no vácuo, mas no contexto do serviço ao Reino de Deus” (p. 128). Greewood frisa a necessidade que os fazedores de tendas têm de filiarem-se a uma agencia missionária e ressalta que “ Alem do apoio logístico e a orientação que providenciam, elas representam um referencial para prestação de contas durante o tempo que o fazedor de tendas passar no exterior e facilita a formação de equipes” (p. 131). O autor defende que as instituições de ensino teológico no Brasil deveriam diversificar o sistema de oferta de curso de tal forma que possibilitassem “mais participação e flexibilidade”[1], pois ele entende que enquanto o profissional permanece na em presa trabalhando ele poderia receber uma formação teológica e isso poderia ser feito através dos recursos tecnológicos que dispomos tais como: CD ROM, DVD e Internet, bem como treinamentos de férias, retiros espirituais, imersão.

Após análise deste livro chegamos à conclusão de quem este é sem dúvida um excelente trabalho de linguagem simples e acessível a todos, pode ser lido por qualquer um: novos convertidos, líderes, presbíteros, diáconos, bispos, pastores, diretores, presidentes e etc. Também no que diz respeito a uma didática apropriada ao preparo dos fazedores de tendas, apresenta alternativa que viabilizam a participação de profissionais enquanto ainda trabalham. O ministério dos fazedores de tendas é apresentado como a melhor alternativa para alcançar os povos menos alcançados, bem como um manual para esclarecer importantes dúvidas acerca deste ministério.
Creio que o ministério dos fazedores de tendas ainda é um ministério ainda desconhecido por muitos pastores brasileiros, o que torna a preocupação em treiná-los seja algo inexistente. O presente trabalho tem como objetivos a apresentação deste ministério, na perspectiva da missão integral bem como oferecer métodos apropriados de treinamentos para os mesmos e ao mesmo tempo alerta-los para os desafios encontrados do campo missionário.
Este trabalho pode transformar a vida da igreja que adotar os princípios apresentados como pratica. Ao compreender a missão integral da igreja os lideres da igreja local olharão para os povos menos alcançados não mais como uma missão inatingível, mas através dos fazedores de tendas ela pode participar efetivamente no treinamento e envio de profissionais que atendendo ao chamado colocam a disposição de Deus suas vidas e profissões.
[1] P. 135



Pr. Josiel Pereira Santos
Data: 3/04/2006

Resenha - Processo de Aconselhamento

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Resenha - Alguns Elementos Usados no Processo de Aconselhamento. (Paul Hoff)
In.: O Pastor como Conselheiro. p.81-95

Paul Hoff é missionário da Assembléia de Deus com mais de trinta anos de serviço na América Latina. Foi docente na Bolívia e Argentina. Atualmente mora no Chile, e preside o Instituto Bíblico Pentecostal na cidade de Santiago. É autor de vários livros usados nos institutos bíblicos e seminários da América Latina, dentre eles Os Livros Históricos, O Pentateuco e outros.
Aconselhamento pastoral sob o método não diretivo. Dando instruções diretivas ou hipotéticas o autor mostra como aconselhar não diretivamente. O aconselhado é quem tem o direito de tomar suas próprias decisões.
Este é um capitulo do livro “O Pastor como Conselheiro”. Intitulado Alguns Elementos usados no processo de aconselhamento nele o autor Paul Hoff fornece algumas instruções de como conduzir o aconselhamento, de tal forma que os resultados sejam transformadores.

Nesta sessão que tem o titulo de “Levantamento de antecedentes” o autor trata de mostrar que antes de aconselhar é necessário fazer uma investigação acurada dos fatos, bem como de coisa que aparentemente não fazem sentido. Citando Rollo May que diz “Como conselheiro, não me permito levantar um hipótese acerca de uma pessoa sem que antes eu saiba o que há de mais profundo nos seus sentimentos com relação ao problema. Creio que não se pode agir de outra maneira, pois de outra foram seria como tentar resolver um problema matemático sem dispor de todos os números”. (p. 81)
Na segunda sessão intitulada “percepção do caráter do aconselhado” Hoff afirma que é possível perceber e estudar através do comportamento do aconselhado o seu caráter e personalidade, auxiliando ele tece uma serie de posturas assumidas por eles (aconselhados) e os possíveis diagnósticos.
Compreensão das pessoas que sofrem de tensão nervosa é o titulo da terceira sessão em que o autor aborda algumas características das pessoas que sofrem deste mal.
Na quarta sessão que está sob o titulo “identificação de problemas que podem prejudicar o processo de aconselhamento”. Hoff aborda três problemas considerados por ele como mais comuns, a saber: rodeios e resistências sobre os quais ele diz: “muitas pessoas sentem dificuldade de falar sobre seus problemas porque simplesmente estão com vergonha” (p. 87); Silencio segundo ele pode ou não ser um problema no aconselhamento, pode ser um momento para refletir, mas se for excessivamente prolongado o pastor poderá com sabedoria quebrar o silencio; Insussesso, e o desejo de interromper a ajuda prematuramente o pastor deve nessa situação “deve respeitar o direito que o aconselhado tem de tomar decisões, mas é sempre conveniente dizer que a porta estará aberta para que ele retorne, caso seja necessário” (p. 91)
Fatores a serem considerados para se tomar uma decisão ao abordar tal tema o autor comenta que são muitos os fatores que influencia uma decisão por isso as pessoas antes de tomar uma decisão deve perguntar-se “Quais estão sendo os meus motivos? O que minha consciência está dizendo? Isto está dentro das normas Cristãs? Quais são os Benefícios que isso gerara a longo prazo? (...) Estas e outras perguntas poderão nos ajudar a tomar decisões inteligentes”
A sexta e ultima sessão intitulada de Uso de recursos espirituais o autor trata de mostrar a importância de estar convicto “de que é Deus que opera através dele no processo de aconselhamento” (p. 93). Ser cheio do Espírito Santo, citar textos bíblicos orar como o aconselhado, são excelentes recursos espirituais que podem ser utilizados no processo de aconselhamento, toda via ele ressalta que é necessário prudência no uso da Bíblia.


Uma literatura simples, acessível, de linguagem clara e bem explicada para que o novo conselheiro possa ser orientado a utilizar alguns recursos importantes para o bom desempenho na tarefa de aconselhar. Com citações de diversos exemplos e uma analise das possíveis reações o autor mostra que é possível traçar um perfil do aconselhado, conhecendo o seu ‘caráter’ e ‘personalidade’.

Pr. Josiel Pereira Santos

Data: 25/08/2006

A Mordomia da Criação

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Texto Básico: Gênesis 2:15; 1:26

INTRODUÇÃO:
Os meios de comunicação tem incansavelmente noticiado matérias relacionadas ao desmatamento, à emissão de gases poluentes, pelas fabricas e automóveis, derretimentos das geleiras, e mudanças climáticas assustadoras o que é causa e efeito do aquecimento global, o qual tem sido tema de debates em diversos seguimentos da sociedade. O Greenpeace (ONG de ecologia), tem destaque mundial com suas manifestações publicas em defesa do planeta. Mas o que a igreja tem a dizer a esse respeito? O que se tem dito em relação ao cuidado com a natureza: plantas, animais e o homem. Nesta lição não nos estenderemos a falarmos sobre a criação no sentido lato da palavra, mas limitar-nos-emos a terra com seus habitantes.

I - DEUS É O CRIADOR DA TERRA (Sl 24:1).


1. Deus é o criador. - “No principio criou Deus [...] a terra”. Esta declaração que está registrada no livro de Gênesis, mostra-nos que Deus idealizou e criou planta e animal, bem como toda espécie de vida. Todas as coisas criadas foram feitas por intermédio de Cristo, Ele é o criador (Jo 1:3).

a) Deu forma - Deus no principio da criação é quem dá forma e preenche o planeta. Neste processo podemos comparar a uma tarefa de um artesão, pois, “a terra era sem forma e vazia” (Gn 1:2). Após a modelagem Deus admira o que fez.

b) Deu nomes - Deu nome à porção seca de terra e o ajuntamento de águas chamou de mar (Gn 1:10). O homem é trazido por Deus para denominar os animais, tendo o homem o direito de participar no processo de formação do planeta com sua biodiversidade (Gn 2:19).

c) Deu Ordenou - Com o poder da palavra ele dá ordem para que: a terra, as águas e o homem produzissem e multiplicassem (Gn 1:11-12). Isto foi uma grande benção de Deus ao homem, bem como a toda criação.


2. Único proprietário de sua criação. - Há um pensamento errôneo que diz: “o mundo jaz no maligno, assim sendo não precisamos cuidar dele”; esta é uma mentira que tem influenciado a muitos cristãos hodiernos. A primeira parte da sentença é verdadeira e bíblica, entretanto o mundo que jaz no maligno (1 Jo 5:19) não é o planeta Terra, com o resto da criação, mas sim o sistema maligno que rege a humanidade. A Terra não pode ser de Deus e do Diabo, portanto Deus é seu único dono (Sl 24:1-2; 1 Co 10:26). A Terra é a Terra de Deus.

3. Todo o que Deus criou é perfeito e bom. - “E viu Deus que era bom”. Um Deus que constrói com o cuidado de avaliar sua criação, não se sentiria contente em ver o fruto do seu trabalho, aquilo que ele julgou ser bom, sendo destruído pela ação do homem ou mesmo como conseqüência do pecado.
A natureza revela Deus, ela não é má, pois tudo o que Deus criou é perfeito e bom, não há maldade na matéria com diz Norman L. Geisler “O mundo físico não é um mal para ser rejeitado; é um bem para ser desfrutado”(
[1]). Desfrutar com responsabilidade, não como algo descartável ou que se tira proveitos a exemplo de um máquina que produz e, cessando sua vida útil joga-se no canto.


II – A TERRA FOI DADA AO HOMEM (Sl 115:16)

1. Adão no seu meio ambiente.

a) O que é meio ambiente - Meio ambiente é o lugar e suas condições que propiciam a existência e o desenvolvimento da vida. Assim sendo, meio ambiente não é apenas o lugar onde vivemos, mas um conjunto de fatores que envolvem lugar, condições e vida. Portanto, cuidar do meio ambiente é cuidar da vida.

b) Adão em seu habitat - Já sabemos que a Terra pertence a Deus e ele pode fazer o que quiser com ela. Na criação “plantou o Senhor Deus um jardim” e deu ao homem (o meio ambiente de Adão). O homem foi criado como o mordomo da criação, o maior da casa entre todos os animais.

2. Crescei, multiplicai, enchei a terra. - Deus deu uma ordem ao homem e esta ordem foi obedecida. O homem cresceu, multiplicou-se, encheu a terra, espalhou-se por todos os lugares do planeta. Com a expulsão do Jardim do Éden, Deus não eximiu o homem de sua responsabilidade de cuidar da terra. Ela foi dada ao homem para cuidar e lavrar.

3. Na expressão “domine sobre...” (Gn 1:26). - Domine sobre revela que Deus dotou o homem de autoridade, com responsabilidade sobre a criação. Deus, portanto, passa ao homem a tarefa de manter o ecossistema funcionando perfeitamente. Esse domínio não é opressor ou mesmo destruidor, mas um domínio de mordomo, autoridade e o maior da criação na casa (planeta).


III - O DEVER DE CUIDAR DA TERRA (Gn 2:15 - NVI).

Na condição de Mordomo o homem deve cuidar daquilo que Deus lhe deu. Certamente não poderemos cuidar sozinhos de todo o planeta, mas podemos cuidar do nosso jardim. O lugar onde estamos plantados, nossa cidade, nosso bairro, nossa rua, nossa casa.

1. Desenvolvimento sustentável.

a) Animais - Entendamos desenvolvimento sustentável como a utilização dos recursos naturais para suprir a nossa necessidade sem comprometer a geração futura. O que nossa geração tenta buscar como proteção do meio ambiente através do desenvolvimento sustentável, Deus já prescrevera a nação de Israel. (Dt 22:6-7).

b) Vegetais - Deus faz questão de dizer ao homem que estavam à sua disposição todas as ervas, bem como o fruto de todas as arvores que produzissem semente (Gn 1:29). Isto revela uma preocupação com o mantimento da vida em todos os sentidos, tanto do homem que se alimentaria do fruto das arvores, assim como a preservação da vida das plantas, que futuramente poderiam continuar a existir para alimentá-lo. O que aconteceria se o homem comesse apenas os frutos das arvores que não produzissem semente, será que ainda existiria vida humana?

2. Cuidar do meio ambiente é:

a) Não jogar lixo nas vias públicas;
b) Consumir alimento de fontes renováveis;
c) Não pescar os peixes em época de desova;
d) Cuidar dos rios;
e) Cuidar do ar (reduzindo a emissão de gases poluentes);
f) Reduzindo o consumo de energia elétrica (na utilização e na compra de equipamentos eletroeletrônicos);
g) Participar e incentivar a coleta seletiva;

Não é impossível, nem tampouco difícil cuidarmos do planeta, cada um de nós deve fazer o que nos cabe; pequenos gestos podem ter grande resultados se todos fizerem.


CONCLUSÃO

Somos mordomos de Deus, responsáveis pela manutenção e cuidado da terra com toda a espécie de vida. Não somos donos da terra; ela pertence a Deus e ele nos deu para morarmos e cuidarmos enquanto aqui estivermos.

A responsabilidade de cuidar do meio ambiente vai mais além do que uma simples responsabilidade social, como a preocupação com as gerações futuras; há também implicações espirituais. Deus irá requerer de nossas mãos tudo o que ele nos deu para administrarmos.

[1] Geisler, Norman L. Ética Cristã, São Paulo, Vida nova, 1999, p. 213



PS.: Esse estudo foi publicado na "Revista Avivamento" Revista de Estudos Bíblicos nº17

O FIM É MELHOR QUE O COMEÇO

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Texto: “Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas” (Ec. 7:8)

Introdução
Quantas coisas nós começamos fazer e não terminamos? Atividades domesticas, Trabalhos escolares, uma reforma na casa, uma obra missionária, atividades ministeriais, tantas coisas, pelos mais variados motivos, certamente muitos ainda aguardam retornar para completar sua missão outros sem forças deixaram de lutar, “entregaram os pontos”, “jogaram a toalha”, Desistiram definitivamente de continuar.

I - Necessidade de começar
Existem momentos em nossa vida que temos muitas coisas para fazer e às vezes paramos diante de tantas coisas e perguntamos a nós mesmos “por onde começar?”, esse impasse deve servir como um sinal amarelo, um “tome cuidado”, passe com atenção, faça uma escolha certa. Você não pode confundir com o sinal vermelho e ficar parado. É preciso resolver o impasse e tomar uma decisão, é preciso começar, é preciso avançar.
Começar uma nova atividade é muito gostoso, é necessário. O jovem começa a namorar e sua vontade é de compartilhar com o maior número de pessoas o que ele acabou de começar, não é diferente com outra atividade da vida quando começamos desejamos dizer para todo mundo o que estamos fazendo. É assim o começo.

II - Importância de terminar
Uma obra inconclusa é sinal de falta de planejamento o que revela uma insensatez, o fracasso, o insucesso por parte daquele que iniciou. Quando as dificuldades são previstas são superadas, não será surpresa, não te apanhará desprevenido. Deus tem uma obra a realizar em você e através de você. Se a que Ele tem a realizar através de você já começo não desista termine e receba a coroa da vida. Se porventura ainda não começou saiba que ele deseja realizar uma grande obra através da sua vida, talvez você não esteja ainda enxergando com os olhos de Deus e o que para ele é uma grande obra para você pode não significara muito, Saiba o que Deus tem para você e comece já. Quanto ao que ele tem a realizar em você, não se preocupe, pois “...aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará...” (Fp. 1:6)


Conclusão
Iniciamos muitos projetos e não pensamos na dificuldade que poderá surgir, o fim perde para o começo quando deixamos de vislumbrar a grandeza do fim. Começar é necessário, mas o importante é terminar.

 

Entendendo a Fé ©2009